sexta-feira, 25 de março de 2011

Médico tentou matar mulher e forjou provas


Hoje pela manhã, o delegado da 4ª Delegacia Metropolitana, Jefferson Alvarenga, responsável pela investigação do crime contra a enfermeira Silvana Maria Góes Gomes, fato que ocorreu em no dia 13 do mês passado, detalhou a tentativa de homicídio e afirmou que a violência foi causada pelo marido, identificado como Vanderlei Gomes Santos, de 54 anos, que contou com a ajuda do amigo do casal, José Crisanto Valério da Silva.

O delegado explicou que após descartar que o crime tivesse relação com uma tentativa de assalto, a polícia passou a investigar as contradições do marido, que afirmou que no dia do crime estava em casa dormindo na companhia dos filhos. Alvarenga afirmou que as imagens das câmeras da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) não deixam dúvida

O delegado afirmou que as imagens também mostram o momento que o médico, que trabalha no Programa de Saúde da Família (PSF) do município de Barra dos Coqueiros, chegou à residência acompanhado de José Crisanto. “Após 20 minutos as imagens mostram que ele retornou para a residência, chegando em casa ele desligou todos os aparelhos de telefone para não acordar os filhos e para parecer que estava dormindo”, afirmou

Sobre a motivação para o crime, o delegado descartou inicialmente relação com bens do casal, mas deixou escapar que o marido era ciumento. Jefferson Alvarenga afirmou que o crime continua sendo investigado e somente após a conclusão do inquérito todos os fatos serão esclarecidos.

Os ciúmes do marido da enfermeira já era de conhecimento de familiares da vítima, mas segundo o delegado durante o casamento não existiram registros de violência física, apenas de discussões.

Na residência do comparsa do médico, a polícia encontrou um verdadeiro arsenal com revólveres e munições de uso restrito da polícia e das forças armadas. A polícia também já sabe que José Crisanto possui passagem por porte ilegal de arma. Após realizar buscas na casa do acusado a polícia apreendeu 232 munições de 9 milímetros, munições de calibre 12, um revólver calibre 38 e uma pistola, mais munição de um fuzil 762, e outras de um ponto 30, além de cartuchos de 32 e 38. Os policiais que participaram da operação, que terminou na prisão do suspeito, ficaram impressionados com a quantidade de munições e disseram que o material apreendido estava escondido em vários pontos da casa, como o banheiro e o guarda-roupa.

A polícia também apreendeu um veículo, da marca Citroën, que estava com uma placa fria. Para a polícia foi a medida encontrada para despistar a investigação. O veículo foi utilizado pela dupla para a fuga do médico do local do crime. “Se ele tivesse passado por algum radar, teria dificuldade para encontrar o veículo”, disse o delegado

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