quarta-feira, 1 de junho de 2011

MP quer regularizar Samu em 10 dias


A situação das ambulâncias e postos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em todo o estado foi tema de audiência no Ministério Público nesta terça-feira, 31. Na ocasião diversos problemas foram expostos, como a falta de profissionais médicos e de enfermagem, principalmente nos finais de semana.
Além do número insuficiente de ambulâncias, pois muitas estão quebradas e apenas 14 são novas, algumas unidades ainda precisam de regularização para rodar. O Ministério Público Estadual (MP), através da promotora Euza Missano, determinou diversas exigências a serem cumpridas em até dez dias úteis.
A primeira é que a coordenação do Samu e da Fundação Hospitalar de Saúde (Huse) apresentem a relação de todas as oficinas de manutenção preventiva e corretiva, além do número de veículos que datam com a fabricação no ano de 2004. No mesmo prazo, a coordenação do Samu deve anexar as escalas dos médicos plantonistas do Samu e demais intervencionistas em operação nos meses de março, abril e maio. A coordenadoria do serviço deverá, ainda, apresentar ao MPE o número específico de profissionais que são necessários para o serviço regular.
Já ao Sindicato do Samu 192 foi dado também um prazo para formalizar uma denúncia com a relação nominativa das bases descentralizadas do que necessitam de reformas urgentes.
O superintendente do Samu Estadual, Leonardo Morais de Oliveira, informou que a frota atual do órgão é de 71 ambulâncias, mas que por problemas de manutenção, atualmente há 42 ambulâncias circulando. Exatamente 14 dessas ambulâncias que estão paradas, estão em uma oficina para reparo há aproximadamente quatro meses.
“Das 14 ambulâncias novas, 12 já estão emplacadas, restando apenas duas em razão de problema no documento de doação, mas que em menos de um mês o problema estará regularizado, já que ainda é preciso regularizar a doação dessas ambulâncias”, explica.
A presidente do Sindicato Samu 192, Samanta Bicudo, disse que até o momento o serviço de motolância não foi plenamente ativado, existindo em torno de 30 motolâncias no Estado, mas somente seis funcionam de fato e menos ainda rodam diariamente.
Leonardo disse que o Estado recebeu duas motolâncias, mas somente três foram habilitadas junto ao Ministério da Saúde. “Não recebemos a verba federal para as outras 29 motos, por isso apenas três veículos tem rodado e as outras ficam guardadas na garagem”, diz.
Samanta Bicudo também reclamou das instalações das bases do Samu no interior. “Temos as bases que são destinadas para o alojamento dos profissionais em péssimas condições. Além disso estamos expostos a diversas condições, inclusive tivemos casos em Propriá onde a base foi arrombada quatro vezes com funcionários lá dentro”, revela.
De acordo com o coordenador do Samu Estadual, já existe um projeto de reforma da central de regulação do Samu, porém o processo está em fase final de captação e o cronograma para reforma deverá ser apresentado ao Ministério Público no prazo de 10 dias úteis.

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